domingo, 4 de outubro de 2009

Trinidad - CUBA

No Sleep Till Trinidad/CUBA

Chegamos no Aeroporto Internacional José Martí de madrugada, no desembarque fomos recepcionados por três simpáticos cocker spaniel, que não estavam ali de brincadeira não, mas atentamente em busca de algum passageiro que portasse qualquer tipo de substância entorpecente. A vigilância sanitária cubana insistia em saber se tínhamos vindo do sul do Brasil, em decorrência da gripe suína, que na época, atingia principalmente os estados dessa região do País. Depois de algum trabalho, consegui explicar que Porto Velho e Manaus não estavam localizadas na região sul do Brasil. Eu não tinha feito reserva de hotel, tinha planejado ficar em uma “casa particular”, onde um amigo já estava há alguns dias, mas por razões diversas, naquele momento eu não achava o endereço do local, e era necessário preencher uma ficha com a localização exata de onde o estrangeiro ficaria na ilha. Disfarçadamente abri meu guia “Lonely Planet” e peguei qualquer endereço e preenchi a bendita ficha. Na saída, o estrangeiro leva uma “recomendação”, que deveria ser entregue ao responsável pela “casa particular” ou pelo hotel, que avisa que a pessoa vem de uma região onde havia epidemia de gripe suína, e no menor sinal da doença ela deveria ser encaminha ao hospital mais próximo.

Sierra del Escambray

Bem, não tínhamos tempo a perder, pegamos um táxi, e na madrugada de La Habana encontramos com nosso colega, que estava na casa de um coronel da reserva do Exército Cubano, e que tinha lutado na Angola, por isso falava português. No outro dia, logo cedo, partiríamos para Trinidad, na Província de Sancti Spíritus, de onde el “Che” tinha montado um dos últimos pontos de resistência de guerrilha, na Sierra del Escambray.

Sierra del Escambray

Disco Ayala - Las Cuevas

O nome do lugar é Disco Ayala, todavia é mais conhecido como “Las Cuevas”. Estando em Cuba, vale a pena ir até Trinidad só para conhecer essa boate um tanto quanto única. A boate fica em uma caverna subterrânea, atrás de uma igreja abandonada. No período do dia, quando localizamos o local, vendo que a porta de entrada estava aberta, fomos entrando, nós e um grupo de coreanos, que falavam inglês com sotaque espanhol. Na saída, uma surpresa. Um senhor que deveria estar cuidando da boate, ou sei lá o que, trancou com um mega cadeado o lugar, e exigiu que cada uma pagasse algo em torno de 1 Euro, como sendo uma “taxa de visitação”. Achamos aquilo estranho, mas pagamos e fomos embora, achando aquilo mais engraçado do que perturbador. É o capitalismo já tomando conta da ilha de Fidel.