terça-feira, 10 de novembro de 2009

Rio Madeira... águas que guiam nosso destino.


A busca pela imagem perfeita. O desafio do equilíbrio das cores. Bem, nem sempre o fotógrafo logra êxito na captura de uma boa imagem. Todavia, é fácil alterar ou manipular uma foto atualmente. Não sou um “xiita das imagens”, mas normalmente não “passo” as fotos pelo Photoshop antes de publicá-las aqui. Em um passado recente, Roberto Capa pregava que as imagens deveriam ser captadas com lentes de 50mm, as quais tem a mesma capacidade do olho humano, principalmente em profundidade, e toda e qualquer manipulação da imagem era vista pelo fotógrafo húngaro como uma tentativa de deturpar a realidade, a materealidade da vida. Na busca incessante da proximidade da verdade, da imagem real, Capa morreu durante da Guerra da Indochina, em 1954, com as pernas dilaceradas, mas abraçado com sua câmera fotográfica.



“Dessa fronteira/ De nossa Pátria/ Rondônia trabalha febrilmente”


Essa frase do Hino de Rondônia define bem como é a garra do povo rondoniense, seja nascido aqui, ou seja “rondoniense de coração”. É um estado que não pára, que trabalha febrilmente pelo progresso do Brasil. A oportunidade de estar aqui na mesma época da construção das Usinas do Madeira é uma experiência inenarrável.


Um pequeno exemplar do limão rondoniense...


O telefone toca. O DDD é de Londrina/PR. Na hora penso, “algum amigo brigou com a namorada... e lá vem papo de sempre”. Bem, era o ilustre fotógrafo Sérgio Ranalli, um dos bispos da fotografia brasileira, avisando que em 20 minutos chegaria em Porto Velho/RO, e pra completar, chegaria de barco da Marinha do Brasil. É sempre muito bom receber amigos por aqui. Recentemente, estive em Londrix, e eu e Ranalli saímos para tomar algumas e outras, lembrar de histórias do passado e rir das oportunidades do futuro. Lá pelas tantas, o Ranalli, que sempre foi bem mais criativo, e cheio desses papos de poesia, soltou uma, que em um guardanapo de papel eu anotei. É uma definição aproximada, não literal, e não-autorizada, do que seria a fotografia para um fotógrafo, vai lá:


Trilhas do passado... trilhas do futuro... trilhas incertas...


Recorte de você. (Ranalli - Dick)


“A fotografia é como se fosse

Pequenos pedaços de papel,

pequenos recortes.

A máquina fotográfica é como se fosse um tesoura,

Que o fotógrafo usa para recortar

Pedaços da realidade,

Pedaços do tempo,

Pedaços da vida...


Recortamos com a fotografia

Nosso mundo...

Seu mundo...

Recortamos a vida...


Mas esses recortes

Acaba sendo um recorte

Do próprio fotógrafo.


Daquilo que vivemos....

Daquilo que amamos...

Daquilo que somos”


Gato de estimação...

This is for u: Paula Z. n´ Mate. My last jungle pet, a little cat called "Rebeca". See you as soon as posible, I promise.