domingo, 19 de setembro de 2010

Tempo de Bufões.... Tempo de Bufões...


Chove em Porto Velho. A água leva o velho, mas nem sempre traz o novo. Antiquados hábitos, desbotados desejos. Talvez esse clima ameno tenha trazido à tona recordações de distantes terras londrinas, onde o fog da meia noite não conseguia esconder as malícias das intenções, as inquietações das almas atormentadas e os insanos pensamentos de garotos esquecidos.

"Black/white movie on the TV makes me remember..."


 “My mind turns around the city...”, já diria aquela canção, que tocava naquele vinil em uma vitrola no bar do seu Donizete, mais conhecido como Potiguá. Meus pensamentos vagos continuam rodando pela cidade, mas não apenas por Londrix, mas em cada parada incerta, em cada quarto apertado de hotéis baratos e em cada cama desarrumada, resultado de noites mal dormidas, sono perturbado pela realidade dos fatos e consciência dos atos.

"Todas as palavras abstratas carecem de significado". Mr. Burroughs.

Os livros de Jack Kerouac e William Burroughs continuam sendo os melhores companheiros, a antiga, mas sempre contemporânea inspiração. Claro, tudo isso combinado com aquele whisky de origem duvidosa, anfetaminas baratas e mulheres fáceis.

"Não nos damos conta de até que ponto a história é ficção. O passado em grande parte é uma invenção dos vivos. E a história é um montão de coisas fabricadas. Não há fatos de verdade." Mr. Burroughs.



"Baby, o bolo queimou!!! Eu comi as peças de xadrez..."


“Walking on the city baby, eu continuo walking on the city, tudo o que eu faço sem você, walking on the city… ”. Atiraram no dramaturgo, no Mario Bortolloto. Já faz um tempo. Certas coisas levam um tempo para se entender. Certas coisas levam um tempo para se tentar entender. Alguém certa vez pegou um avião e atravessou o Brasil para me encontrar, ou para me condenar. Sei lá, agora isso já não faz tanta importância. Meus maus hábitos seriam frutos de intervenções espirituais que teriam como finalidade alimentar almas malévolos que perambulam pela terra e que se alimentam de energia negativa, que é produzida por pessoas tortas como eu. Que medo!!! Nunca mais consegui dormir com a luz apagada.

"Florestas do Norte, cidades do Sul..."


Maybe this is the final line of this lonely man...maybe this is the final line...

"Babando pro velho hidrandte, nos velhos filmes de Laurel & Hardy, ou será que cê tá levando um lero com as freiras nas exposições de porcelana com as corujas que frequentam coquetéis... eu continuo walking on the city, porque tudo o que eu faço sem você é... walking on the city, baby!!! sentimentos…sentimentos…